A Greve dos Professores
Ah, a greve dos professores, um evento tão aguardado quanto uma visita ao dentista em pleno feriado! Não há nada como assistir ao espetáculo de descontentamento dos educadores, que decidem dar um tempo na nobre arte de moldar mentes jovens para se dedicar a uma competição acirrada de cartazes e gritos de guerra.
É maravilhoso ver como os mestres, que normalmente nos ensinam sobre a importância da responsabilidade e do compromisso, e que em 2023 receberam acréscimo de 14,9% na folha de pagamento trocam tudo isso por um passeio tranquilo nas barricadas, enquanto os pais tentam equilibrar suas agendas para cuidar dos filhos que, sem aulas, aprendem a arte da desordem doméstica. Só lembrando que a Rede Municipal/SP paga em torno de 4.420,55 reais, 4 dias sem aulas onera o município em cerca de 842 reais além de ter que pagar alguém para ficar com seu ou seus filhos.
Sim, é um espetáculo digno de nota ver como uma greve de professores, cujo objetivo supostamente é melhorar as condições de trabalho, consegue alcançar o feito magnífico de piorar a vida de todos os envolvidos. Lembrando “ABE – Associação Brasileira de Educação – Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação”. Os alunos, pobres criaturas, são privados do seu direito sagrado de ir à escola e aprender, enquanto os pais, com seus trabalhos e obrigações, são agraciados com a tarefa extra de malabarismo logístico para garantir que seus filhos não se tornem selvagens da selva urbana.
É verdadeiramente inspirador ver como uma greve de professores pode unir uma comunidade… na indignação e frustração, é claro. Só não ouvi nenhum protesto contra o corte gigantesco de 332 milhões do governo Lula. Afinal, quem precisa de educação quando se pode chegar ao poder máximo do país sendo um condenado que glamouriza a ignorância, e com naturalidade afirma não ter apreço por livros?
Ah, greve dos professores, obrigado por nos mostrar que, às vezes, o maior obstáculo para o conhecimento não está na falta de recursos ou na má qualidade do ensino, mas sim na própria vontade dos educadores de nos educar. Viva Paulo Freire!
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